sábado, 30 de junho de 2012

Monólogos de casa de banho



Pré-aviso de Irresponsabilidade: Este espaço é da inteira (ir)responsabilidade de quem teve a (in)feliz ideia de me convidar a preenchê-lo. Qualquer semelhança com um assunto sério é mera ilusão do leitor.

Prefácio:

Caríssimos,
Antes de iniciar esta nova aventura venho por este meio responsabilizar a crise por esta invasão de espaço. Era impossível rejeitar este convite que me irá permitir mostrar o outro lado de todo este espaço. A parvoíce.
Toques de Telemóvel

Quantos de nós, na nossa humilde existência, não passaram já por situações de desconforto quanto o telemóvel toca?
Estava eu no metro, no outro dia, enquanto me deslocava do trabalho para a escola, quando de repente entra um daqueles indivíduos que pelo aspeto tira-se logo a pinta. Camisola cabeada, chapéu pousado na carola, de tal forma que qualquer tipo de brisa iria tirar-lhe aquilo da cabeça, sapatilhas com molas para que quando se desloca seja provocada uma ligeira impulsão, em prol de um estilo único, à Neil Armstrong quando pisou a lua. O fulano entrou e sentou-se naquilo que eu gosto de apelidar como o lugar dos tristes. Aqueles lugares laterais em que se fica frente a frente com toda e qualquer pessoa que tenha a mesma triste ideia em se lá sentar. Talvez numa próxima altura descreva as mil e uma razões que me levem a apelidar esses lugares assim. Voltando ao sujeito desta história, como devem imaginar estes seres donos de um estilo incomparável têm uma certa reputação a defender pelo que se sentou de perna não aberta mas escachada e os braços em cima dos bancos, qual macho latino! (E eu triste, em frente a assistir a tudo) Pior que esta triste visão foi quando o telemóvel tocou. Era ver quem mais escorregava ao passar, porque era tanto o azeite a escorrer por aquele telemóvel que até o individuo ficou envergonhado.
Isto levou-me a perguntar quem é que coloca músicas estúpidas como toque? A resposta é simples, TODA A GENTE! Na altura do toque toda a gente escolhe uma música de que gosta, seja Tony Carreira, Michel Teló (claramente os meus ídolos musicais) ou qualquer outro artista da moda. Mas na altura de tocar o telemóvel todos são os Speedy González a atender porque é tanta a vergonha das escolhas. Digo eu, não sei. É que além da escolha musical o telefone resolve embaraçar-nos nos momentos mais inoportunos, durante uma apresentação no trabalho, durante uma viagem de transportes públicos em frente a um milhão de desconhecidos, ou simplesmente a meio de uma aula rodeados por um silêncio apenas conseguido momentos antes de o telefone tocar. O melhor momento para ter as musiquinhas que tanto gostamos é mesmo quando estamos sozinhos, ou corrijam-me se estiver enganado, porque o objetivo é atender e não “curtir o som”.
Nunca quis ofender ninguém cujas preferências estilísticas passem pelo supracitado, respeito muito o tipo de indivíduos que têm a coragem de assumir todo o seu charme pelo que foi descrito. Espero não ter ferido qualquer tipo de suscetibilidade.
Para finalizar qualquer semelhança ao novo acordo ortográfico deve ser ignorado, são mesmo erros de português. São as pessoas que fazem o acordo (Raios partam o update do Word para este tipo de correção).  
Escrito por:
Um gajo com a mania!


2 comentários:

  1. hahahaha até não está muito mau UGCAM! (Um gajo com a mania!) lool foi um começo interessante :P
    mas afinal qual era o toque do rapaz? xD
    epá foi bom :) espero pelo próximo monólogo lol

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  2. Gostei muito! O gajo com a mania tem muito jeito para escrever.

    Fico à espera do próximo monólogo. Espero que falte pouco tempo!

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